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Caixa Preta

Maria Uve

"It’s a lot easier to be angry at someone than it is to tell them you’re hurt." 
Tom Gates


Preciso dizer que tenho tido tanta raiva de você. Uma raiva que beira a ira e se mistura a momentos de esquiva. Raiva por tudo que você me fez prometeu e que jamais será realidade. Promessas inconscientes, apesar do nosso pacto de não criar expectativas e apenas viver os momentos. De nada adiantou, hoje me sinto frustrada diante de tudo que poderia ter acontecido e não chegou nem perto de acontecer, por todos os ideais que criei ao te encontrar e todo o potencial que tínhamos. Seríamos lindos e felizes.

Eu tenho raiva por achar que você seria aquele a me proteger das intempéries da vida. Tenho raiva por você me fazer largar a falsa estabilidade que eu tinha e me jogar nos teus braços assim que soltei minhas amarras. Tenho raiva por você me fazer ter de orgulho ao falar de você para todo mundo e hoje não saber bem o que falar quando perguntam sobre como estamos. Eu tenho raiva por você me prometer brevidade e dizer que seria tudo diferente, que eu não me frustraria de novo. Tenho raiva de você por ter mentido pra mim sobre algo idiota e que me fez perder a confiança. Tenho raiva também por você ter se insinuado para aquela amiga e por ter me colocado em uma situação totalmente constrangedora. Eu tenho raiva de você por ter me mostrado um lado da vida que eu não conhecia e ter me levado a lugares que sempre irei querer voltar. Tenho raiva por você ter me causado tantas sensações boas e ter me dado os melhores beijos que já tive. Eu tenho raiva de você por me deixar sempre com saudade dos teus abraços e de conversar com você.

E o principal, tenho raiva de você porque estou ferida e magoada, mas não consigo admitir isso pra você. Mas também sei que tudo isso é culpa minha e a raiva é só um reflexo.

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Eu sempre gostei do Natal e desse magic air que Dezembro costuma ter. Quando eu era criança, ficava ansiosa para montar a árvore de Natal e ver as luzinhas piscando, além de acordar de madrugada só para ver o que Papai Noel (claro) tinha colocado embaixo da minha cama. Todo esse movimento sempre era legal.

Com o tempo, alguns detalhes foram mudando, tipo o Papai Noel, claro. Mas a ansiedade permanecia, as idas ao centro da cidade para comprar coisas para a casa, presentes e comidas... sempre era um mês agitado e de expectativas. Mas a gente cresce, as coisas mudam.

Hoje a árvore de Natal está guardada e Dezembro se tornou um mês complicado. A ansiedade mudou de foco e talvez eu só precise ressignificar tudo o que esse mês tem representado. Hoje, mais do que nunca, depois de um 2017 son of a bitch, minha única vontade é de ficar sentadinha esperando as coisas acontecerem e, quem sabe, se resolverem sozinhas.

Eu sei que isso é como esperar um milagre, óbvio, mas é um sentimento do tipo "deixa a vida me levar", mas sem a leveza que a música sugere que esse ato tenha. É algo do tipo "ok, cansei de brigar com o universo". Enquanto apenas observo, sigo olhando as luzinhas de Natal espalhadas pelas casinhas por aí.
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Beatriz Leite
O gato comeu.

Durante toda a minha adolescência eu fui uma pessoinha romântica. Tive várias paixonites de colégio, uma paixão enlouquecedora e nada disso me rendeu coisas positivas. Como eu sempre escrevi muito em diários, tinha a mania de fazer cartas falando o que sentia e etc. e tal. Super imatura, mas eu era adolescente, oras.

Com o meu primeiro namorado veio aquela coisa toda de paixão arrebatadora, declarações de amor e muito açúcar escorrendo pelos poros. Nós éramos iniciantes nessa coisa de ser casal, então foi nossa primeira oportunidade de demonstrar afeto de verdade, um com o outro. Eu escrevia muito (e o blog entrou nessa história), fazia cartas e investia dias e dias planejando presentes e tentando ter ideias legais feat fofas para agradá-lo. Foram 5 anos nessa pegada com níveis astronômicos de glicose, quase uma diabetes.

Daí acabamos. Quer dizer, eu acabei.

Apesar de engatar outro namoro logo em seguida, meu nível de romantismo já não era mais o mesmo. Começo de namoro, tudo lindo, inspiração em alta e até que eu arranhava umas fofices. Mas como diz Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresas. A vida adulta, de trabalhar e pagar boleto, te empurra em uma rotina que não ajuda muito na sensibilidade das pessoas.  E eu sei que isso não é só comigo, todo mundo anda meio insensível ultimamente.

No meu caso, nesse momento, estou ouvindo Marcelo Camelo para tentar me deixar tocar pelo sentimentalismo das musicas dele, mas pensando em todas as vagas que tenho para fechar no trabalho, no curso de inglês que tive que faltar e nos problemas para resolver. E daí eu pergunto: cadê o romantismo que esteve aqui um dia?
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Recifense, 29.
Psicóloga, canceriana com ascendente em sagitário. Viciada em café, tentando achar um rumo na vida.

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